...numa província não muito conhecida, no interior das Minas Gerais, 7.500 metros de área construída, oito torres suntuosas, 32 modestas suítes, conjugadas com aposentos numerosos e requintados, arquitetura imponente cercada de vastos pátios, lagos, piscinas, área de lazer completa, vista exclusiva e privilegiada, mordomias majestosas, etecétera e tal ... Enfim, uma digna e reconhecida construção medieval em contraste com um cenário pós-moderno e republicano.
Uma história que soa aos ouvidos como um revivew de um filme já visto anteriormente... algo como Alice no País das maravilhas, Collor na Casa da Dinda...
A propósito, o principal personagem dessa fábula não é um príncipe galopando em um indefeso cavalo branco. Não, nesse caso, trata-se de um sexagenário de figura respeitável montado na grana mesmo. Sim, uma generosa e modesta fortuna de procedência duvidosa. Lembrando que aqui o predicado é meramente especulativo, já que a propriedade avaliada na bagatela de 25 milhões de reais nos leva a tal obviedade.
Quem responde como dono do humilde castelo é Edmar Moreira. [E que moral, hein Moreira??? Ou seria a falta dela???]
Vale ressaltar, que o nobre cidadão ocupa uma cadeira na Câmara dos Deputados com direito a condecoração de corregedor da autarquia. Não por acaso, o parlamentar coleciona também uma série de processos que o acusam de fraude contra a previdência.
Todavia, porém, para contudo, a omissão da propriedade no relatório de declação de bens talvez seja o detalhe mais intrigante dessa história. Questionado sobre as evidências, a majestade, ou melhor, a excelência justifica que a singela construção é por direito e escritura de responsabilidade de seus filhos. O que nos faz pensar que se trata de uma verdadeira e tradicional dinastia, já que os fiéis herdeiros também ocupam cargos parlamentares.
Agora, nos resta saber se o clássico 'happy end' qualificará o desfecho dessa história. Na falta de um príncipe para ilustrar o fajuto conto de fadas, será que teremos que engolir mais esse sapo? Ou caberá a nós, honestos cidadãos, pagadores de impostos o papel de bobos da corte?
E quem quiser que conte outra...
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
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