sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Era uma vez...

...numa província não muito conhecida, no interior das Minas Gerais, 7.500 metros de área construída, oito torres suntuosas, 32 modestas suítes, conjugadas com aposentos numerosos e requintados, arquitetura imponente cercada de vastos pátios, lagos, piscinas, área de lazer completa, vista exclusiva e privilegiada, mordomias majestosas, etecétera e tal ... Enfim, uma digna e reconhecida construção medieval em contraste com um cenário pós-moderno e republicano.

Uma história que soa aos ouvidos como um revivew de um filme já visto anteriormente... algo como Alice no País das maravilhas, Collor na Casa da Dinda...

A propósito, o principal personagem dessa fábula não é um príncipe galopando em um indefeso cavalo branco. Não, nesse caso, trata-se de um sexagenário de figura respeitável montado na grana mesmo. Sim, uma generosa e modesta fortuna de procedência duvidosa. Lembrando que aqui o predicado é meramente especulativo, já que a propriedade avaliada na bagatela de 25 milhões de reais nos leva a tal obviedade.

Quem responde como dono do humilde castelo é Edmar Moreira. [E que moral, hein Moreira??? Ou seria a falta dela???]

Vale ressaltar, que o nobre cidadão ocupa uma cadeira na Câmara dos Deputados com direito a condecoração de corregedor da autarquia. Não por acaso, o parlamentar coleciona também uma série de processos que o acusam de fraude contra a previdência.

Todavia, porém, para contudo, a omissão da propriedade no relatório de declação de bens talvez seja o detalhe mais intrigante dessa história. Questionado sobre as evidências, a majestade, ou melhor, a excelência justifica que a singela construção é por direito e escritura de responsabilidade de seus filhos. O que nos faz pensar que se trata de uma verdadeira e tradicional dinastia, já que os fiéis herdeiros também ocupam cargos parlamentares.

Agora, nos resta saber se o clássico 'happy end' qualificará o desfecho dessa história. Na falta de um príncipe para ilustrar o fajuto conto de fadas, será que teremos que engolir mais esse sapo? Ou caberá a nós, honestos cidadãos, pagadores de impostos o papel de bobos da corte?

E quem quiser que conte outra...

Nenhum comentário: